Ser Feliz
- António Vilhena
- 20 de jan.
- 2 min de leitura

O acordar era saudado pela luminosidade que o nascer do dia oportuniza e o ir à janela propicia o sentimento de felicidade, mesmo não sabendo exatamente como isso é possível ou o que fazer para que realmente aconteça.
Dei conta de que toda a quinta feira, o banco da praça de saudosas lembranças, era ocupado por dois jovens que o ocupavam quase integralmente, sem cerimônias, sem se importarem com quem passava e os olhava.
Eu, era um dos passantes que a cada semana questionava o por quê da variação dos semblantes que iam da seriedade à euforia nos ínfimos segundos de observação.
Perscrutar o que diziam, o que os inspirava a se olharem, sorrirem e talvez se encontrarem, passou a ser como que uma tortura que abrandou ao tomar coragem e perguntar da possibilidade em ocupar o espaço vazio.
O sim, dito numa sonoridade vibrante, não só não me surpreendeu como deu ânimo para a primeira abordagem que cedeu lugar ao encantamento do que ouvi.
- O que se precisa para ser feliz?
- Muitas e poucas coisas, bastando para tal não as esquecer e praticá-las.
- A resposta está dentro de cada um; o olhar ao redor ajuda já que as constatações enriquecem e dão o tom.
- O desejar um bom dia para si próprio é um bom começo, mesmo considerando que a noite é ou pode ser uma boa conselheira.
- Abrir a janela, contemplar, respirar fundo, espreguiçar e sentir, sempre com pensar positivo, é um bom início.
Pedi licença, levantei e não resisti à pergunta que feita bailarina, remoinhada tênue feito uma garça: vocês são ou só procuram ser felizes? Com intuição coletiva responderam: venha na semana que vem.
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