top of page

IDADE

  • Rodrigo Vianna
  • 28 de jan.
  • 1 min de leitura

Eu tenho muitas dores...

Dores que gritam

Como a força de uma tempestade!

Gotas nas juntas

Vento de aperto no peito

Anoitecer rápido nos olhos.

 

Dores que calam,

Como uma desilusão amorosa:

E que estufam minha barriga

Protuberam meu fígado

E dobram meus joelhos gastos.

 

Dores que me despem.

São dores perscrutadas,

Auscultadas,

Palpadas

Percutidas...

 

Ainda que eu siga em frente

Persistentemente,

Diante da impossibilidade

De vencer a idade,

Resigno-me e aguardo

Na dor da minha alma.

Comentários


bottom of page