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Noite de verão (Em Almeida)

  • Foto do escritor: António Vilhena
    António Vilhena
  • 28 de mar.
  • 1 min de leitura

A sensibilidade humanística, clama, aguarda, questiona.

Em setembro de 92, uma inspiração, um sentimento, uma aflição, um poema.

Almeida é mais do que uma estrela.




Caminho só,

 no silêncio da noite,

sem saber onde irei parar!...

Oiço os grilos com os seus grigris

e as cigarras com os seus cantares.

Tantos pirilampos a brilhar,

 parecem estrelas no chão

que apetece apanhar.

 

Que linda a Lua!

Ilumina o meu caminho

o seu luar

e pergunto-lhe:

Ó Lua, onde me levas?

A perder de vista a Terra

e a tocar o infinito?

Apetece-me sonhar!!...

 

Queria voar, voar,

voar, até encontrar o Sol.

E dizer-lhe:

Bom dia, senhor Sol.

Venho da Terra visitar-te,

sabes porquê?

Para te dizer

que quando nasces

nem todos sentem

o teu calor.

É tão triste ver velhinhos

a dormir ao relento

e crianças, nuínhas a tiritar:

 o que fazes para os aliviar?

 

Deixa-me roubar-te

um pouco do teu calor

para os poder consolar.

Queria vê-los felizes

Sem nada lhes faltar.

 

E gritar mundo fora,

 olhem o sol,

sintam o seu calor,

vai nascer para todos .

Com muito amor.

 

Setembro /92

M E

 

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